O PSDB topou escolher seu candidato à Presidência da República para 2018 por meio de prévias com a participação dos seus mais de 1,2 milhão de filiados e com a realização de debates em cinco cidades brasileiras.
Dois desses locais de debates já estão definidos, São Paulo, domicílio do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Manaus, do prefeito Arthur Neto, tucanos que decidiram se submeter à avaliação dos demais membros da legenda para legitimar o nome do partido à disputa pelo Planalto.
Além da participação ampla dos filiados e dos debates, o PSDB também tomou outra decisão: os votos das prévias serão colhidos por meio de urnas eletrônicas.
Esses três pontos foram defendidos pelo prefeito Arthur Neto, quando decidiu entrar na disputa, mas que, porém, enfrentava forte resistência da cúpula tucana, que recusava as prévias para admitir, sem discussão, o nome de Alckmin à Presidência.
O aceite do PSDB à proposta do tucano manauara foi comunicado a Arthur Neto no início da noite desta quinta-feira, dia 21, pela comissão criada pelo partido no início do mês para definir as regras da escolha interna da agremiação partidária.
Novos pleitos
Embora demonstre satisfação com o acolhimento de suas propostas, o político amazonense ainda se sente incomodado com o fato do partido ainda não ter lhe fornecido a lista dos filiados do PSDB.
Ele até ironiza a demora em recebê-la, cutucando a comissão da seguinte forma:
“Eu preciso dessa lista o quanto antes. Não sei porque ainda não me passaram. Mas estou tranquilo, porque, se eu não tenho, ele (Alckmin) também não tem”.
Debates
Sobre os debates, Arthur comentou que está sugerindo à comissão de prévias que os realizem em espaço com boa acústica, mediador de alto nível, com transmissão ao vivo e com plateia representativa de Norte a Sul do País e que haja apartes.
“É preciso ter um debate provocador, deixar o pau comer e que se prevaleça aquele que convence mais”, disse Arthur.
Para Arthur, esses debates serão importantes para que os presidenciáveis tucanos se desnudam em temas polêmicos.
“Eu, por exemplo, defendo liberar a maconha como droga leve, sair das drogas pesadas, para ter psiquiatras e psicólogos, com controle de venda para pessoas que não vão mais precisar”.
Arthur voltou a defender que o partido vote na reforma da previdência para garantir, no futuro, o crescimento da economia e fortalecimento contra eventuais sobressaltos do mercado.
Foto: BNC