Novo chefe da Casa Civil da Prefeitura de Manaus, Arthur Bisneto (PSDB) deu demonstração nesta terça, dia 12, de que vai ter intensa participação política na administração tucana do prefeito e pai Arthur Neto e do vice Marcos Rotta.
Bisneto disse que a manifestação dos servidores da educação municipal, na manhã desta terça, teve a presença de movimentos partidários, o que tirou a legitimidade da reivindicação.
“Na manifestação estavam políticos e filiados de um mesmo partido. Foram cerca de 300 pessoas protestando em um universo de 15 mil [servidores da Semed]”, disse o secretário.
O ato pretendia pressionar o prefeito a repassar recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de direito de professores e servidores da Secretaria de Educação (Semed), do jeito que será feito pelo Governo do Estado, parcelado em três vezes.
O secretário-chefe da Casa Civil disse que não há comparações entre a estratégia da prefeitura e a do governo. “Estamos promovendo ganhos salariais reais, inclusive na aposentadoria dos nossos educadores”, disse Bisneto.
Segundo o agente político do prefeito, ele vai continuar a conversar com a categoria dos profissionais da educação, mas por meio dos sindicatos. Bisneto disse que tem amplo apoio dos educadores para o pagamento do Fundeb, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam).
O vice-prefeito Marcos Rotta disse que a relação e o compromisso com a categoria não serão alterados pela manifestação de hoje.
“O que percebemos é a infiltração política nesses atos que, infelizmente, tiram a legitimidade das manifestações”, afirmou.
Segundo ele, os recursos do Fundeb vão chegar para mais de 10 mil profissionais, entre professores e servidores administrativos, com ganhos salariais de R$ 5 mil a R$ 15 mil anuais, por meio de reenquadramentos, pagamento da progressão de titularidade e tempo de serviço.
O presidente do Sinteam, Marcus Libório, disse não ser contra o pagamento em forma de abono, mas vê como uma medida pontual, que não valoriza o servidor ao longo da carreira porque não é incorporado ao salário.
“Já as progressões contam, inclusive, para os fins de aposentadoria”, afirmou.
Foto: BNC