Por Neuton Corrêa e Rosiene Carvalho , da Redação
O vice-governador do Estado e secretário de Estado de Segurança Pública (SSP), Bosco Saraiva, que acaba de trocar o PSDB pelo Solidariedade, declarou o governador Amazonino Mendes (PDT) tem direito a disputar a releição em 2018. A declaração foi feita ao BNC Entrevista , nesta quinta-feira, dia 23.
Amazonino e Bosco, indicado pelo PSDB a vice como condição para o apoio do prefeito na Eleição Suplementar há apenas três meses, se elegeram com a promessa de “arrumar a casa” e não concorrerem a reeleição.
Arthur tem feito cobranças sobre essas promessas em entrevistas à imprensa. Bosco considera que o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), também tem direito a candidatura, mas pondera que ele é “vice de Amazonino”.
“O Amazonino tem o direito à sua candidatura à reeleição. O Arthur Virgílio tem direito a ser candidato. Torço que a convenção do PSDB aprove o nome do Arthur a presidente da República”, afirmou Bosco Saraiva.
Bosco confirmou, na entrevista, que em março deixará a SSP para ser candidato em outubro. Também confirmou adesão de deputados estaduais e vereadores no Solidariedade, fazendo “segredo” dos nomes e também do cargo escolhido por ele.
Com frases elogiosas e cuidadosas ao ninho tucano, Bosco afirmou que a fase política atual dele o permitiu presidir um partido com tempo de TV e fundo partidário no Estado e manter a amizade com os membros do PSDB no Estado.
Garantiu que a saída da sigla foi precedida de conversa e entendimento com Arthur Virgílio.
Apesar de elogios a Arthur e deferência ao governador Amazonino Mendes, a aliança que Bosco disse ser inquebrantável em 2018 é com o “amigo e irmão” Omar Aziz (PSD).
O senador é uma das lideranças políticas do Estado que em 2016 esteve em palanque adversário de Arthur e que em 2017 foi o grande maestro do “ressurgimento” político de Amazonino Mendes.
Segurança Pública
Bosco também fez alguns anúncios relacionados à segurança pública. Em um deles, contradisse declaração do dia anterior do chefe da Casa Civil, Sidney Leite. Sidney afirmou que há previsão de concurso no Governo para 2018, mas que tudo vai depender da arrecadação do Estado.
“Ontem, o secretário Alfredo Paes deixou muito claro que há recursos para os concursos dependendo da necessidade. Estamos estudando com carinho os editais’, afirmou.
Bosco disse ainda que, em 2018, os policiais militares receberão, no mês de férias, benefício em dinheiro para compra de dois fardamentos por ano. Anunciou a ampliação, paulatina, do número de viaturas em patrulhamento nas zonas da cidade e a chamada, em breve, de concursados da polícia civil que havia sido reprovados por uma prova de digitação.
“Tem 104 viaturas circulando zona Norte e Leste. Vamos fazer mais 45 na zona Oeste e mais 100 para cobrir zonas Sul, Centro-Sul e Centro-Oeste (…)”, afirmou.
Também declarou “guerra” aos flanelinhas e limpadores de vidro – trabalhadores informais que atuam nas ruas da cidade e são alvos de contantes reclamações sobretudo da classe média. Em vários momentos da entrevista, demonstrou tom de xerife e de que sua gestão vai devolver à população a sensação de segurança para circular na cidade.
A proposta de Bosco é que os flanelinhas e os limpadores de vidro, de ficha limpa, façam cursos na Setrab e sejam reaproveitados no mercado de trabalho.
“Só atuarão no serviço aqueles que não tenham folha corrida. Aqueles fichados na polícia, comecem a ficar em casa. Quem vai conversar com eles sou eu”, disse.
Bosco também negou que haja perseguição nas novas escalas e transferências na Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) como têm se queixado deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM).
“Os que reclamam são aqueles que saíram do serviço de burocracia e voltaram para o patrulhamento”, disse.
Leia trechos da entrevista:
“Aqueles que não fizeram no passado, com folga, concurso para repor os quadros da polícia civil e militar querem cobrar ligeireza do Amazonino e de mim”.
Rosiene Carvalho: Secretário, há uma pergunta aqui de uma pessoa que acompanha a entrevista: porque não há previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) para concurso como foi prometido na campanha?
Bosco Saraiva: Não é verdade. Isso é uma grande mentira. Simplesmente uma grande mentira. A lei autoriza o Estado a remanejar até 40% do orçamento. Isso quer dizer que há recursos a serem destinados para qualquer área. A área que o Executivo desejar. Isso de cara. Ontem, o secretário Alfredo Paes deixou muito claro que há recursos para os concursos dependendo da necessidade. Estamos estudando com carinho os editais. Se o edital for mal feito, vai sofrer demanda judicial, extrapola o mês de março e a partir de abril não pode mais porque entra no calendário eleitoral. Aqueles que não fizeram no passado, com folga, concurso para repor os quadros da polícia civil e militar querem cobrar ligeireza do Amazonino e de mim. Tem recurso sim, senhor. É mentirosa a colocação de que não há recursos para segurança pública. Quero que quem está fazendo gracinha diga porque não tinha viaturas ruas. Quero dizer claramente que eu tenho 140 viaturas a menos, que estavam servindo a atividades meio, que não eram para combater o crime. Eu devolvi.
Rosiene Carvalho: Tem uma pergunta de outra pessoa que assiste a entrevista sobre a sua resposta de que o secretário Alfredo Paes garantiu que há recursos: Tem dinheiro e vocês deram um desenho diferente quando entraram?
Bosco Saraiva: A pergunta é capciosa e provocativa. Quero dizer que a situação do Estado não é boa, não. Tanto que o Amazonino continua com o pé no chão. Está queimando todos os seus neurônios para recompor a situação e o equilíbrio do Estado. Para não confrontar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para não pular a folha de pagamento e contratar pessoas por meio de ongs, terceirizados e através de outros organismos que, na verdade, é uma barrigada na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
“Vai chegar a hora do Amazonino revelar o que tem debaixo do tapete. Ele mesmo já anunciou. À medida que terminar uma auditoria que está sendo feita aí, Amazonino vai anunciar qual a verdadeira situação do Estado”
Rosiene Carvalho: Mas o Estado tem esses contratos.
Bosco Saraiva: Claro que sim. Diversas ongs. Prosam é conhecidíssimo por todos nós que vivemos no Amazonas. E as terceirizações que não entram na folha e, portanto, não vão para a LRF. Isso tudo a gente precisa esclarecer. Faz pouco tempo o Estado vivia de servidores públicos e hoje há uma plêiade de servidores públicos que não são referência. Há um passivo muito grande que nós vamos pagar. Porque quem casa com a viúva assume os filhos. Isso a gente não foge. Agora, vai chegar a hora do Amazonino revelar o que tem debaixo do tapete. Ele mesmo já anunciou. À medida que terminar uma auditoria que está sendo feita aí, Amazonino vai anunciar qual a verdadeira situação do Estado.
Rosiene Carvalho: Uma outra pessoa que acompanha a entrevista em Boca do Acre pergunta quando haverá delegado titular na cidade e diz que lá não há lá nem promotor nem juiz.
Bosco Saraiva: Temos 21 municípios sem delegado titular. Foi isso que recebemos. Tiraram 90 delegados por medida judicial e isso não foi reposto. Não foi feito. E continuou-se a colocar policiais civis e militares à disposição de órgãos que não são da segurança pública. Há uma enormidade de policiais à disposição de órgãos que não precisam de Polícia Militar. Estou solicitando esses policiais. Para chegar a lançar um edital em dezembro, vamos ter esses delegados nas delegacias em maio, junho.
Neuton Corrêa: Vai deixar de ter um soldado respondendo pela delegacia.
Bosco Saraiva : Não pode mais. Pior é que hoje não temos mais as cidades pacatas. Tem consumo de drogas nas comunidades rurais. Como se consegue dinheiro nas comunidades rurais para consumir droga? Organização do crime e cooptação dos mais fracos. Eles conseguiram, portanto, ser mais fortes que o Estado: 99% dos crimes de homicídio são por crimes de tráfico, em Manaus.
“Dia 30 o Amazonino vai reinaugurar o plantão no Novo Israel”.
Rosiene Carvalho: O senhor tem algum diagnóstico sobre o índice de conclusão de inquéritos de homicídios? A não conclusão aumenta a impunidade e incentiva novos crimes?
Bosco Saraiva: Temos problemas. Há milhares de inquéritos não concluídos. Com uma força- tarefa que o delegado geral Mariolino Brito irá montar com o quadro mínimo. Precismos remontar 14 plantões em Manaus. A Delegacia de Homicídios não atende mais em razão do volume. Os policiais vão lá e descobrem, mas precisa ter o serviço burocrático, perícia, inquérito bem feito para se ter o resultado justo lá no final. Estamos remontando os plantões. Dia 30 o Amazonino vai reinaugurar o plantão no Novo Israel.
Rosiene Carvalho: Ocorreu algum problema no planejamento deste retorno do policiamento nas zonas Norte e Leste que motivou reclamações de deputados a respeito da escala e transferência de policiais na ALE-AM?
Bosco Saraiva : Não tem problema nenhum na escala. O policial militar hoje trabalho 12 horas e folga 24 horas. Depois ele trabalha mais 12 horas e folga 72 horas. Os que reclamam são aqueles que saíram do serviço de burocracia e voltaram para o patrulhamento. Fato. O policiamento do Centro trabalha 6 horas, que são 120 policiais. Ao contrário, a mudança da escola é para beneficiar e não piorar. Na ALE, ouvi dizer, que estão colocando como perseguição a transferência. Vou dar um exemplo: Guajará tem 39 policiais militares, Envira 4. O Comando decidiu transferir 6 policiais de Guajará para Envira por 30 dias para dar um reforço. O mundo quase desaba. Não é assim. Todos prestaram concurso para a Polícia Militar do Amazonas. O que foi quebrado e precisa ser reorganizado é a ascensão da carreira.
Rosiene Carvalho: Está garantido o fardamento dos policiais em 2018?
Bosco Saraiva: Está garantido, sim. É uma palavra do Amazonino e já já vai chegar a mensagem. Vão receber, muito provavelmente no mês de suas férias, o dinheiro para comprarem.
Neuton: Não é mais a farda? Vão receber dinheiro?
Bosco Saraiva: É vão receber dinheiro. O equivalente a dois fardamento por ano.
“Desprotegido pelo Estado, o povo dá seu jeito. Tudo que foge á regra legal precisa ser combatido. Minha esperança é que logo, logo o povo saiba que não precisa ele sujar as próprias mãos”.
Rosiene Carvalho: Como a secretaria acompanha essa onda de linchamentos públicos?
Bosco Saraiva: É a reação da população, mas não deixa de ser uma violência também. Desprotegido pelo Estado, o povo dá seu jeito. Tudo que foge á regra legal precisa ser combatido. Minha esperança é que logo, logo o povo saiba que não precisa ele sujar as próprias mãos. Haverá ordem restabelecida na cidade de Manaus. O patrulhamento em breve em breve será por inteiro na cidade de Manaus. Tem 104 viaturas circulando zona Norte e Leste. Vamos fazer mais 45 na zona Oeste e mais 100 para cobrir zonas Sul, Centro-Sul e Centro-Oeste.
Neuton Corrêa: Uma pessoa que acompanha entrevista aqui reclama que a SSP ia chamar 300 policiais do concurso e fez, junto com a PGE e a Delegacia Geral, uma lista restrita para chamar um pequeno número de candidatos. Explique aí, secretário.
Bosco Saraiva: Pequeno número, não é verdade não. Ninguém chamou nenhum (risos). Eu cobrei hoje do Cetam. Teve aquela prova de digitação que a justiça entendeu desnecessária. Foi vencida a demanda, a PGE ajustou. Depois Delegacia Geral e Cetam. Hoje, cobrei do Cetam e me disseram que está pronta e eu vou receber hoje essa lista. Eu espero que seja mais de 300 porque o nosso entendimento é a manifestação do TJ-AM diz que todos aqueles que não passaram em função da prova de digitação estão aprovados. Quanto mais melhor. Estamos precisando recompor os quadros da Polícia Civil na cidade de Manaus e no interior.
“Só atuarão no serviço aqueles que não tenham folha corrida. Aqueles fichados na polícia, comecem a fica em casa. Quem vai conversar com eles sou eu”.
Neuton Corrêa: O ato da secretaria sobre os limpadores de vidro é polêmico?
Bosco Saraiva: Por quê retiramos os limpadores de vidro? Porque bastou dez dias de investigação para identificarmos que 90% deles tinham folha criminal corrida. Por isso, eles agrediam os motoristas e, principalmente, as motoristas. Jogavam e quebravam o vidro. Foi crescendo, mas não tinha polícia. Aí, eles tomaram conta dos faróis. Virou a rotina as pessoas temerem o fechamento do farol e preferirem pagar uma multa a serem agredidas. Retiramos todos. É uma medida de força. Mas já me pus à disposição de passar o nome deles à Setrab para serem retreinados e reinseridos no mercado de trabalho. Aqueles que quiserem, os marginais estão fora. Vamos avançar também para o controle dos flanelinhas. Só atuarão no serviço aqueles que não tenham folha corrida. Aqueles fichados na polícia, comecem a fica em casa. Quem vai conversar com eles sou eu.
Rosiene Carvalho: O assunto do dia hoje e sua entrada no Solidariedade e, mais que isso, a saída do PSDB do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. O que motivou o senhor sair neste momento do ninho tucano?
Bosco Saraiva: O Arthur foi o primeiro cara que eu apoiei. Ele perdeu a eleição de 1978 a deputado federal. Eu moleque e ele garoto. Desde lá, temos amizade pessoal, mas nunca participei efetivamente do partido do Arthur. Quando ele perdeu as Eleições em 2010 e eu também perdi, ficamos ambos sem mandato. E nos aproximamos muito naquele período em que ele ficou em Portugal, foi fazer sua tese. E, então, eu ingressei no partido do Arthur. Agora, antes de sair, eu conversei com o Arthur sobre a conjuntura política local e a regra nacional que se impõe. As regras são as mesmas: c oligações, partidos fortes, alianças ainda permitidas para as legendas. Foi isso, portanto, que norteou. Além do que, já há alguns meses, sou convidado para presidir o Solidariedade no Amazonas. Tenho lá o Carlos Lacerda que é secretário do Ministério do Trabalho, parintinense. E, agora, com essa oportunidade de dirigir o partido e seguir com a mesma relação de amizade com o Arthur Virgílio e os meninos lá do PSDB… A conversa foi extremamento amigável, compreendida por ele (Arthur Neto).
Neuton Corrêa: Não rompeu?
Bosco Saraiva: Não. Absolutamente. De jeito nenhum.
“O Arthur disse que a aliança dele era para esta eleição. Desde o primeiro momento. Arthur foi claro com relação a isso”
Neuton Corrêa: Esse grupo aí que esteve junto na eleição suplementar não está se desajustando?
Bosco Saraiva: Não acredito. O Arthur disse que a aliança dele era para esta eleição. Desde o primeiro momento. Arthur foi claro com relação a isso. E o Amazonino disse: nós precisamos arrumar a casa e não se trata aqui de 2018.
Rosiene Carvalho: Isso colocou o senhor numa situação política complicada?
Bosco Saraiva: E aí, é o seguinte, eu sou o vice do Amazonino. O Amazonino tem o direito à sua candidatura à reeleição. O Arthur Virgílio tem direito a ser candidato. Torço que a convenção do PSDB aprove o nome do Arthur a presidente da República. Ele segue sendo uma grande referência em Brasília. Ontem, eu fiquei boa parte de tempo na Câmara dos Deputados. O nome do Arthur posto para a convenção do PSDB para a disputa da presidência da República é forte. Não é brincadeira não. Ele não foi lá passear. Estamos falando do grande senador que vive ainda na memória de boa parte do Congresso Nacional.
Rosiene Carvalho: Seria bom para todo mundo que ele fosse candidato a presidente?
Bosco Saraiva: Seria bom para o Brasil.
Rosiene Carvalho: E, para o Amazonas, para os políticos desse grupo?
Bosco Saraiva: Eu acho que, se tivesse sido reeleito em 2010, o Arthur teria sido um fortíssimo nome, em 2014. Se tivesse sido candidato a presidente da República, em 2014, ninguém tirava dele.
Rosiene Carvalho: O senhor sentiu que não seria indicado pelo Arthur Virgílio na possibilidade de uma nova aliança para 2018 e por isso precisava de um partido para chamar de seu?
Bosco Saraiva: Não. Deixa eu te falar: quem muito quer nada tem. As coisas chegam de madruga, quando você menos quer. Quando você está dormindo (risos).
Rosiene Carvalho: O senhor é exemplo disso…
Bosco Saraiva : Você tem o seu valor. Na política, cada um tem o seu valor e quem define é o povo. Não tem essa história de ficar, contratar muita assessoria. Gente de mais não enche a laje. Na política, está todo mundo achando isso e aquilo e o povo só olhando para quem trabalha. É simples assim. Eu não pretendia. Ajudei a formatar uma plêiade de nomes para o Amazonino. Fui dormir e escolheram a mim. Jamais imaginaria que um dia seria secretário de segurança do meu Estado e eu estou trabalhando.
Neuton Corrêa: Surgiu agora a oportunidade de presidir um partido com fundo partidário e tempo de TV.
Bosco Saraiva: É…Com fundo partidário para viajar no meu Estado. E não vai ser todo mundo que vai entrar no Solidariedade, não. Vai entrar quem gosta de trabalhar.
Neuton Corrêa: Quantos deputados federais o senhor vai filiar?
Bosco Saraiva: Quantos forem possíveis (risos).
Neuton Corrêa: Tem deputado federal querendo ir para o Solidariedade?
Bosco Saraiva: Não
Neuton Corrêa: Tem deputados estaduais?
Bosco Saraiva: Tem
Rosiene Carvalho: O deputado Wanderley Dallas vai para o Solidariedade?
Bosco Saraiva: Tem deputados estaduais e vereadores, na capital e interior.
Rosiene Carvalho: O senhor não pode falar nomes ainda?
Bosco Saraiva: Não. Deixa eu continuar trabalhando calado.
Rosiene Carvalho: Quem do PSDB o senhor vai levar com o senhor?
Bosco Saraiva: Passarinho que muito canta ou pega chumbo ou vai para gaiola.
Rosiene Carvalho: Eles precisam respeitar o prazo legal da janela da infidelidade…
Bosco Saraiva: É março que abre a janela. Até lá… Eu posso me movimentar porque ocupo cargo executivo.
Neuton Corrêa: O senhor vai ter uma chapa caudalosa na sua campanha?
Bosco Saraiva: Acho que sim…
Neuton Corrêa: A quê?
Bosco Saraiva: (Risos) Teremos chapas em todos os sentidos. De presidente a deputado estadual. Teremos seguramente uma aliança com o senador Omar, meu querido amigo e irmão, coaduno muito com o jeito do Omar. De muito tempo. Meu bravo companheiro que luta muito… Respeitadíssimo no Senado. É bonito de ver o Omar, com seu estilo, no Senado e falando duro. Impondo respeito. Difícil dar uma bola fora.
Rosiene Carvalho: Essa sua resposta dá a certeza de que Bosco Saraiva será candidato em 2018?
Bosco Saraiva: Muito provavelmente.
Rosiene Carvalho: O senhor vai precisar sair da secretaria.
Bosco Saraiva: Isso já é certo. Eu tenho um horizonte. Se o projeto der certo, eu sigo em frente. Se não der certo, eu fico no partido e presido a eleição de outros, de jovens, que nós precisamos introduzir.