Por Israel Conte
O vereador Gedeão Amorim (PMDB) viajou a Brasília para conversar com o líder do partido na Câmara dos Deputados, Baleia Rossi. O assunto: a suplência de Sabino Castelo Branco (PTB), cuja licença médica que iniciou em agosto, para tratar de AVC sofrido em Manaus, está próxima do fim.
Em entrevista por telefone ao BNC , nesta segunda, dia 11, Gedeão falou com cautela dessa transição, mas disse que está se baseando no prazo que o deputado tem conforme a legislação.
“É por isso que estou vindo [a Brasília], para buscar conhecimento e saber da possibilidade de assumir agora ou em qualquer momento. Não há nada certo. Tem que levar em consideração outras questões, preciso saber detalhes na própria secretaria da Câmara, interesse das lideranças”, informou.
Gedeão disse que poderia ter falado na última semana com a família de Sabino sobre as “possibilidades de Brasília”, mas o vereador Reizo Castelo Branco (PTB) anda muito comprometido no cuidado do pai.
“E assim, como é uma coisa sentimental, eu não fico explorando. De outro lado não sou pessoa de ficar querendo ocupar esse cargo de qualquer jeito, sobretudo em detrimento do deputado Sabino, que é nosso parceiro. Talvez alguém não acredite nessas minhas palavras, mas pra mim a primazia é a vida das pessoas”, afirmou.
PREVIDÊNCIA
Apesar de ainda aguardar uma definição, Gedeão já trata de temas nacionais.
“Não sou político de pequenas causas. O Amazonas padece de déficits estruturais. O negócio da Zona Franca de Manaus, empregabilidade e financiamento de infraestrutura é muito delicado, assim como a manutenção de certas instituições. Não posso deixar de lado a Ufam e o Ifam e nada que possa representar prejuízo nas políticas de segurança, saúde”, disse.
Sobre o voto na proposta de reforma da Previdência do governo federal, Gedeão disse que “esse é o pedaço mais difícil, mas tenho que me alinhar ao partido. Eu tenho que entender um pouco mais e encontrar razões técnicas e políticas”.
SEM PARTIDARISMO
Quando à relação com o Governo do Amazonas, Gedeão disse que de sua parte não terá empecilho com o governador Amazonino Mendes (PDT).
“Minhas relações pessoais com o governador Amazonino são muito boas, de muito tempo. Mas, estamos em partidos não alinhados até aqui. Vamos ver o que acontece”, afirmou.
Foto: BNC