O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), mostra-se confiante para vencer as prévias e ser o candidato tucano à Presidência da República, mesmo com as manobras para impedir os debates entre ele e o governador de São Paulo e presidente do partido, Geraldo Alckmin, e enfrentando a “operação abafa” realizada pela própria legenda ao seu nome.
Arthur estranha o que está acontecendo, mas diz saber o trabalho que está fazendo.
“Creio que a carta fora do baralho é o Alckmin. O povo que vota mesmo não gosta de manobras, eu só fiz estranhar. Mas eu sei o trabalho que estou fazendo”, disse o prefeito na entrevista após o evento nesta segunda-feira, dia 5, em que assinou um contrato com o Ministério das Cidades para a construção de 500 casas em Manaus.
O chefe do executivo municipal informou que nesta terça-feira, dia 6, terá uma reunião com o partido “muito necessária, dura, decisiva.”
Ele quer a oportunidade comparar os números de Manaus e São Paulo.
“São Paulo leva de goleada em matéria de governança porque Manaus está bem mais arrumada. São Paulo não ganha da gente nem no LED”, afirma, lembrando a nota de crédito AAA junto a instituições financeiras e a política fiscal, que se tornou referência no País.
Contra a ZFM
Arthur reafirmou que é o candidato “capaz para falar com o Norte, Nordeste, Centro-Oeste, que sabe falar com São Paulo e muito bem com o Rio de Janeiro. Alckmin é um candidato que fala pouco para o Sul e pouco para São Paulo”.
O tucano também relembrou a visita que Alckmin fez ao Polo Industrial de Manaus em 2006, ano em que foi derrotado por Lula nas eleições presidenciais, e do compromisso que o paulista não cumpriu, de proteger a Zona Franca de Manaus (ZFM).
“Ele subiu na moto e fez uonnn-uonnn-uonnn e, nossa!, eu pensei que ele ia sair pilotando a máquina, mas aquilo tudo foi pra inglês ver. Roncou, roncou, roncou e não pilotou a máquina. Depois entrou com duas ADI (ação direta de inconstitucionalidade) contra a ZFM”, criticou.
“É por essa razão que sou pré-candidato a presidente da República. Para mostrar que vencendo ou não essas prévias, mesmo que possam ser viciadas, mostrar que tem voz aqui, voz inteligente, aqui”, completou o prefeito, sabendo que a caminhada até o 4 de agosto, dia de registro de candidatura, não será tranquila.
“Vai rolar muita água debaixo da ponte”, afirmou.
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Foto: Divulgação/Secom