Amazonino diz que TCE deve colocar David no lugar dele: na interinidade

Por Rosiene Carvalho, da redação O governador eleito Amazonino Mendes (PDT) declarou que espera que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) cumpra seu papel e coloque o governador interino David Almeida (PSD) “na interinidade”. “Tem que colocá-lo no tamanho dele, na interinidade”, afirmou Amazonino. A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Marcos […]

29/08/2017 09:38

Por Rosiene Carvalho, da redação

O governador eleito Amazonino Mendes (PDT) declarou que espera que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) cumpra seu papel e coloque o governador interino David Almeida (PSD) “na interinidade”.

“Tem que colocá-lo no tamanho dele, na interinidade”, afirmou Amazonino.

A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Marcos Pontes, da rádio Tiradentes, na manhã desta terça-feira, ao ser questionado sobre a análise do pedido que Amazonino fez ao TCE um dia após a eleição, preocupado com os gastos de David na gestão do estado.

O governador eleito quer impedir David continue fazendo gastos e que alguns atos dele sejam suspensos pelo TCE.

Na entrevista, Amazonino também deu detalhes sobre o encontro com o presidente Michel Temer (PMDB), que foi alvo de ataque na sua campanha eleitoral, revelou preocupação com o pagamento do 13º salário dos servidores públicos em função dos gastos de David e sobre o secretariado.

Temer

O governador eleito, ao ser questionado se havia falado com o presidente sobre a convalidação dos benefícios fiscais estendidos a outros estados e sancionada por Temer no dia 6 de agosto deste ano, disse ter considerado o momento “inapropriado” para tratar o assunto.

“Era inapropriado e descortês para o momento”, falou o governador eleito.

A Lei Complementar nº 160, sancionada por Temer, perdoa incentivos fiscais, liberados apenas para a Zona Franca de Manaus, concedidos irregularmente e permite que outros estados continuem a concedê-los pelos próximos 15 anos.

O tema foi usado por Amazonino na campanha eleitoral, em um dos poucos momentos em que o então candidato “do amor” aumentou o tom, indicando que ele procuraria o STF contra o presidente Temer e que considerava a lei um grave ataque à ZFM.

A campanha também lembrou que Temer era do partido do adversário e senador Eduardo Braga (PMDB) e que o mesmo não fez nada para evitar o problema à ZFM.

Na ocasião, a Justiça eleitoral determinou a suspensão da propaganda porque a campanha de Braga alegou que, embora ele estivesse ausente no dia da votação, havia apresentado “destaques” (alterações ao texto original) ao projeto de lei.

Experiência e novidade

Sobre o secretariado, Amazonino afirmou que está analisando e selecionando nomes com critério. O governador eleito disse que retorna hoje a Manaus.

“Vou garimpar talentos para formar esse quadro de governo com pessoas experientes e com gente nova para ver se formamos novos quadros e fazemos um governo operoso”, disse.

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