A possibilidade de o Senado votar e barrar o funcionamento de aplicativos de táxi como o Uber, o mais conhecido em Manaus, nesta terça-feira, dia 31, causou protesto de motoristas em todo o país.
Na capital do Amazonas, a forte chuva não impediu que cerca de 900 veículos que fazem o transporte de passageiros a partir do uso de aplicativos de internet iniciassem um deslocamento da avenida das Torres, na zona norte, para a avenida Constantino Nery, na centro-oeste.
O protesto é contra o projeto de lei complementar 28 é de autoria do deputado federal petista Carlos Zarattini, de São Paulo.
Na sua proposta, os serviços de aplicativos se tornam táxis convencionais, como a necessidade de autorização da prefeitura para funcionar, ter placa vermelha e restrição de placa por cidade. Diretor da Uber disse que isso acaba com o modelo da Uber e concorrentes.
Surge a partir daí a campanha Juntos pela Mobilidade, de protesto dos serviços de aplicativos em todo o país nesta segunda, dia 30, véspera da votação do PLC 28 no Senado.
Argumentam motoristas e usuários que a barração dos aplicativos vai prejudicar mais de 17 milhões de pessoas em todo o país. “O PLC 28/2017 aumenta significativamente a burocracia, inviabiliza os aplicativos e a oportunidade de milhões de pessoas gerarem renda”, afirmam.
Esse modelo de táxi trouxe de volta ao mercado de trabalho milhares de pessoas, não necessariamente motoristas, que estavam desempregadas há tempos.
“Sou motorista de aplicativo há mais de um ano, estou desempregada e há cinco meses tive a oportunidade de trabalhar como motorista de aplicativo e assim poder honrar com as contas do meu lar. Peço por favor que na próxima terça (31/10) que o senhor nos ajudasse (sic) votando NÃO a PLC 28”, escreveu uma usuária em um post feito pelo senador José Serra (PSDB-SP).
Essa é uma das estratégias de motoristas e usuários, de usar as redes sociais para mandar recados para os senadores.
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Foto: BNC